21/01/2020

Eu e meu marido abraçados e ao fundo o The Empress Hotel e o Parlamento Britânico.

A gente perde o nascimento dos sobrinhos, a gente perde de ver a turma de amigos aumentando com a chegada dos filhos, não estamos presentes nos casamentos dos melhores amigos e morremos de catapora quando vemos todo mundo junto comendo brigadeiro nas festinhas dos filhos. Dói e muito não estar ao lado dos amigos quando o pior acontece: divórcio, morte, depressão, demissão, perrengue.

Perdemos pessoas amadas sem termos a chance de nos despedirmos pela última vez, simplesmente porque é inviável financeiramente subir em um avião para dar o último adeus, para consolar quem ficou.
Choramos por dentro e de longe, muito longe.

E a vida segue: vemos os sobrinhos crescendo pela câmera, pelas fotos sem movimentos, sem voz postadas no facebook, tentamos imaginar como foi aquele momento.
E jamais adivinharemos.
Avôs se transformam em uma tela de computador ou de celular.
Não tem beijo, abraço, só vontade de apertar e de abraçar quem está longe mas sempre perto no coração.

Ninguém vai contar a gente nas festas de família.
Ninguém vai precisar se preocupar em preparar aquela sobremesa que você tanto gosta e talvez nunca mais experimente de novo.
Você não sabe quando e se reencontrará novamente pessoas que você ama profundamente. A sua família se transforma nos seus novos amigos.

Eles estão mais presentes na sua vida do que qualquer parente de sangue. Porque são eles que vivem o dia a dia com você aqui, que te socorrem, que fazem você se sentir mais em casa e menos estrangeiro.

Você vai ter filhos que demorarão anos para conhecerem a sua família.
Se um dia conhecerem, tem gente que nunca mais volta.
Se voltar, você vai precisar ser tradutor/intérprete dos seus filhos.
Pagamos um preço bem alto para estarmos aqui.

Abrimos mão de muita coisa que a maioria das pessoas jamais seriam capaz sem perder junto o equilíbrio, a sanidade e o juízo.
Tem gente que enlouquece.
É difícil ir embora, começar do zero, transformar um apê vazio em lar.
Só quem tem coragem de ir embora sabe que as escolhas mais valiosas que você pode fazer na vida, são as mais caras.

Texto de Amanda Aron (Jornalista)

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04/01/2019

Este mês, o meu blog completa 9 anos, sem contar os 9 anos anteriores. É incrível pensar em tudo o que aconteceu em minha vida durante esse período, e como muitas destas memórias foram registradas na web graças a este blog. É gratificante saber que ele foi fundamental para moldar meu caminho ao longo dos anos.

O blog foi crucial para a minha carreira. Se não fosse por ele, eu não teria descoberto como trabalhar com HTML, CSS ou teria me interessado por design e fotografia. É difícil imaginar o que estaria fazendo agora se ele não tivesse entrado em minha vida, ou onde teria encontrado algumas das várias amizades que fiz através dele.

Infelizmente, há quase 2 anos que eu não tenho escrito no blog. Ficar tanto tempo sem publicar, depois de tanto tempo e tendo este espaço como um diário virtual, deixou uma lacuna vazia.

E muitas coisas mudaram no último ano, e embora eu sinta falta de escrever e compartilhar minhas experiências, tenho ficado impedida de fazê-lo, já que agora não estou mais sozinha e expor alguém sem permissão pode ser uma tarefa difícil para quem vive desta forma.

Estou buscando maneiras de voltar a escrever, falando sobre assuntos que gosto, sem pressão de exposição, mas ainda não sei exatamente como fazer isso. Mesmo o Facebook, que era um refúgio contra o tédio, está se tornando uma ferramenta “repugnante”. Tenho visto tanta coisa ruim por lá que fica desanimador continuar com uma conta ali. Mantenho a conta por causa de amizades, mas está se tornando cada vez mais difícil.

Estou vivendo uma nova fase em minha vida, completamente diferente e em outro país. Estou esperando que as coisas se estabilizem, que eu consiga me comunicar corretamente em inglês e encontrar um trabalho. Talvez, depois disso, eu possa encontrar tempo para a internet, blog e afins como um hobby.

Este post é apenas um momento de “desabafo“, mas assim que as coisas se ajeitarem, volto para compartilhar um pouco sobre esta mudança em minha vida. 🙂

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11/06/2016

28

28 chegou… Chegou tão rápido que nem mesmo havia notado o tempo que me mantive longe do blog. A correria do dia a dia e a necessidade de me manter focada no que me interessa no momento, acabou me mantendo afastada do blog. Não que o mesmo não me interessa, mas sabe como é… prioridades! : )

collegeDesde fevereiro estou focada na faculdade de publicidade e propaganda (desejo ter boas notas, então preciso ralar…) e também no meu trabalho (sou desenvolvedora front-end). Queria ter vindo antes aqui falar como tem sido ótimo estar fazendo faculdade apenas agora, depois de “velha”. Tive a oportunidade de aprender a desenvolver uma revista, um vídeo-documentário e até um cubo mágico! rs Sem contar o aprendizado nas pesquisas feitas para os temas dos trabalhos. Vocês sabiam que aquele erro no carregamento de uma imagem é considerado arte e que se chama Glitch Art? Pois é… descobri nessas pesquisas da faculdade! haha Eu participei até mesmo de um LipDub por lá (assiste aqui e dá um joinha!). A última novidade, e que ainda vou publicar aqui no blog, foi o site da agência modelo (Praxis) da faculdade que eu desenvolvi <3

Não tenho tido mais tempo para eventos de blogueiras durante a semana e aos finais de semana estou sempre focada em algo da faculdade, ou então, focada em tentar recuperar o sono perdido durante a semana. Agora eu entendo os memes de pessoas desesperadas na faculdade, parecendo mendigo… “só o pó”… hahaha E apesar de todos os contras, to amando <3 Quem ainda não fez, faça. Vale muito a pena e aprendizado nunca é demais.

Acho que essa têm sido umas das minhas melhores experiências vividas nesses 28 anos de vida. E além da faculdade, estou aprendendo e muito com toda essa movimentação que tem acontecido em nossa sociedade, em relação a política e feminismo. Sinto que cada dia estou muito mais compreensiva e empática com o ser humano. Estou aprendendo muito e acho que todo mundo precisa prestar atenção em todas essas coisas que estão acontecendo.

Que esse “ano novo” me traga mais e mais experiências boas e muito aprendizado! Muito obrigado a todos que participaram da minha vida no meu último ano <3 E please, continuem por aqui, é sempre bom ter pessoas de bom coração por perto.

 

 

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